sexta-feira, 12 de outubro de 2007

esse versos são para MICHELLE


Canção do querer.

vou cantar
a canção que empreguina minha cabeça
que se acha no mar da inconsciência
e navega até a praia dos pensamentos
pra me dizer os mais sonoros desejos

vou lembrar
de todos os dias que vivi feliz
e esquecer as tristezas que eu mesmo fiz
pro pote das lembranças nâo transbordar
e qualquer lembrança eu querer lembrar

vou querer
vou fazer
e vou conseguir

vou querer
te dizer o que sinto por você
a alegria que tenho em viver
e a maravilha de apenas querer
sua simples presença a me guiar.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

ontem eu fui proibido
proibido
proibiram a minha arte
consumiram a minha paciência
lavaram minhas idéias
cansaram minha poesia
fiquei surdo e rouco e puto
e ri
ri de irado que fiquei
fui trapaceado
subjulgado
ridicularizado
mas nunca serei calado

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ACORDEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A vida não é apenas isso que vivemos.
Há mais possibilidades de se viver
com algo que se valha viver.
Eu olho para o sol ...
e sou feliz...
Infeliz é aquele que só pensa em dinheiro dinheirodinheirodinheirodinheirodinheirodinheirodinheirodinheirodinheiro
dinheirodinheirodinheirodinheirodinheirodinheiro
dinheirodinheirodinheirodinheirodinheiro e acha que está acima de tudo
Esse MISERÁVEL causa dor ao mundo e se esconde dos resultados.
É como jogar um bumerangue envenenado numa praia lotada
e se esconder para não pegá-lo...
"fôda-se quem está atrás"
um infeliz como esse e muitos outros que existem
são um incentivo aos maltratos dos velhos, das mulheres e das crianças; ao despejo de lixo no quintal do mundo; a poluição do som e dos rios; ao descaso com os animais e plantas; ao preconceito contra gays, negros, pobres, imigrantes, desavisados; e a outros mais.
temos que fazer a revolução do povo:
ABAIXO AOS DOMINANTES!
VIVA AOS EX-DOMINADOS, DONOS DE SEU PRÓPRIO DESTINO!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

queria viver sem palavras,
pois elas negaram meus pensamentos
e se apropriaram dos meus versos,
e enquanto andava
por aquele palavrau (ou matagal de sílabas)
perdi a voz...
e me guardei em um castelo de páginas em branco

domingo, 5 de agosto de 2007

minha vida é isso

a música me consome
estou repleto de ondas flutuando em mim mesmo
procuro-me e não me acho
sou tragado pela força
força que me carrega
relaxo e penso no que não estou preparado para saber...
escuto e ... entendo
e vou levando
desprezo o consumo e os besteróides
e mesmo assim não posso despresar os
esteriotipóides.......

terça-feira, 19 de junho de 2007

Essa é a história de Aníbal



Aníbal era um mendigo. E ele andava pelo centro da cidade. Quando era ainda jovem, por causa de promessas de emprego veio de pau-de-arara da Bahia para o interior do Rio. Lá trabalhou em sistema de servidão na plantação de cana até os trinta. Fugiu com dois amigos para a cidade da Guanabara – na época capital do país- com promessas de enriquecimento fácil. Aníbal e seus amigos não sabendo o que era ser rico, primeiro arrumaram um emprego em uma gigantesca fábrica de tecidos. Ali Aníbal ficou mais vinte anos. Durante esse tempo, as únicas coisas que pôde fazer nos intervalos foi frequentar os cabarés baratos da lapa e os quiosques de praça. A cachaça, as francesas e as polonesas, foram comparsas da dormência de Aníbal durante todo esse tempo. Um dia a fábrica faliu e todos foram mandados embora. Quando saiu o mundo já era outro. A guanabara não era mais a capital e ainda havia mudado de nome. Estava maior, mais suja. Aníbal, o único sobrevivente dos três amigos que haviam vindo do interior, após deixar para trás os portões da fábrica percebeu que estava sozinho no mundo outra vez. Ou será que nunca havia deixado de ser? Pelo menos, depois que a fábrica faliu, ele encontrou a única coisa definitiva que teria na sua vida dali para frente: a rua seria a sua casa. Mas Aníbal era forte e sobreviveu muito tempo ainda comendo papelão recheado com lixo e restos de restaurante. Pediu muita moedinha na porta do banco e cheirou crack na avenida Chile debaixa do elevado, até que – já muito velhinho – se estabaleceu em um pequeno barraquinho localizado em um rua de trânsito intenso. Rapidamente as pessoas que costumavam passar ali se acostumaram com ele; o comércio em volta e os moradores o conheciam e o respeitavam e o cumprimentavam : - Bom dia, seu Aníbal. Tudo bem com o senhor?

Ele respondia com um ‘sim’ meio rabujento porém amigável. Ali viveu muitos anos também. Mas um dia algo de estranho aconteceu. De manhã ouviram seu Aníbal dando gargalhadas no meio da rua. Ninguém entendeu nada. Entenderam menos ainda quando perceberam que seu Aníbal havia sumido. Uns disseram que ele saiu andando e não voltou mais, outros que seu Aníbal morreu e que o lixeiro havia levados seu corpo por engano pensando que era um trapo velho e fedido. Mas também disseram que haviam visto o velho andando pelo castelo uns dias depois. Eu mesmo quando ando pelo centro, até hoje ainda vejo seu Aníbal andando por aí.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

...e, enfim, tudo tem seu começo...

ABRIRAM AS PORTAS DO SANATÓRIO!!!
mas esqueceram de avisar o louco,
ou será que ele não quis sair?
ele procurava um fim para tudo o que começou
procurava as resposta para as perguntas feitas do tico para o teco
e que os dois juntos nunca haviam descoberto nada a respeito
procurou em cada canto um caminho que o levasse
a maldita sanidade
e, enfim, concluiu:
- Se todos são loucos então para onde vou quando sair daqui?
por isso que aquele louco morreu velhinho, sozinho e feliz no sanatório.