terça-feira, 13 de maio de 2008

Alberico era detetive da polícia militar do estado da Guanabara. Estamos no ano de dois mil e doze e Alberico já trabalha há cinco anos no departamento de criminalística da 15 D.P. no bairro do Flamengo. Ele havia prestado prova e mergulhou com satisfação no trabalho. Era um ótimo funcionário e chefe também. tudo bem que estávamos em época de catástrofes, que nem todo mundo conseguia trabalhar direito. mas ele não. ele trabalhava. não tinha mulher por opção e fazia suas investigações com máximo de empenho e prendia seus bandidos quando era de convir que tinham que ser presos. mas em cinco anos Alberico enjoôu, como a maioria das pessoas com quem trabalhava e como a maioria de todas as pessoas. resolveu fazer prova para detetive da civil. não passou. não que não conseguiria passar, mas sim porque não tinha mais vontade de realmente passar. resolveu então tirar umas férias por conta própria. pediu que seu primo Lucas fizesse um atestado qualquer, para que, assim, pedisse licensa por dois anos. no dia seguinte foi para a praça XV. pegou o primeiro ônibus que viu. saltou no ponto final dele( isso já depois de niterói) e pegou outro. esse iria para Casimiro de Abreu, mas Alberico resolveu saltar no meio da estrada, em frente a entrada de uma estrada de terra. nela havia uma placa com a seguinte palavra: Faraó. andou durante uma hora e meia e chegou a uma praça de onde se via uma bela igreja, algumas casas, um campo de futebol e um rio por onde a estrada cruzava e continuava atravez de uma pontesinha. Avistou uma mercearia e foi até lá. era uma daquelas mercearias clássicas daquelas aldeias interioranas como aquela que alberico se encontrava. para continuar com aquela energia saldosista em que se encontrava resolveu pedir uma cachaçasinha para começar. nesse momento em que dera o primeiro gole e ainda saboreava escutou uma voz feminina dizer "Vizinho! o que está fazendo aqui". era Monique, uma moça que morava no final da rua que ele morava na glória. era conhecida de um amigo do amigo seu e todo final de semana ela ia para lá. Alberico não teve como não pensar consigo mesmo sobre aquele acontecimento:" as vezes andamos tanto para acabar encontrando algo ou alguem que já estava tão próximo de nós..."